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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Evangelização

Antes de evangelizar, o importante é pertencer inteiramente ao Cristo



A condição principal para a evangelização acontecer é se fazer um com aquele que é O Evangelizador. Muitas vezes, a evangelização é tida como uma experiência de métodos, como uma maneira de proceder frente a uma análise social, e essas realidades são difíceis. Mas não podemos esquecer que em todas as épocas foi difícil evangelizar.
Quando olhamos a forma que Paulo anunciou o Evangelho em Atenas ou Roma, vemos que ele teve desafios e, hoje, ainda temos grandes dificuldades, mas não podemos aumentá-las. Não sabemos se estamos dentro de uma sociedade que está em decadência e que vai se erguer, tudo isso foge do nosso alcance.
O que sabemos é o essencial do método: se fazer um, unir o coração com o Evangelizador, que é o Cristo. Aquele que construiu e edificou a Igreja é o Cristo, quando disse a Pedro "tu és pedra e sobre essa pedra eu edificarei minha Igreja".
Ele disse "EU construirei minha Igreja", então é o Cristo, que constrói e a Igreja pertence a Ele.
Qual é, então, a condição para que a evangelização aconteça?
Que no primeiro momento, nós os evangelizadores, sejamos pedras relativamente estruturadas. Quer dizer, nós precisamos ser cristãos sólidos, fortificados interiormente, como São Paulo diz: "fortificai o homem interior". A segunda coisa é estar inteiramente nas mãos do Cristo.
Então, se cada um de nós pertence inteiramente ao Cristo e se minha vida, meu engajamento, meu pensamento, minhas energias, minhas iniciativas são verdadeiramente conduzidas pelo Cristo, guiadas pelo Cristo e dentro da obediência do Cristo, eu estou entre Suas mãos. E a nossa oração de cada noite é "em tuas mãos eu coloco minha vida". Então, nesse momento, Ele vai poder fazer qualquer coisa de nós.
Os grandes desafios da evangelização não são as dificuldades que encontramos na sociedade contemporânea, mas sim nossa questão pessoal em direção ao Cristo. Se eu pertenço verdadeiramente ao Cristo, posso ficar tranqüilo, pois Ele fará um bom trabalho comigo e em mim - Ele fará o que quiser.
O que Ele quer eu não sei ainda claramente. Eu não sou um robô, não sou uma pedra, sou uma pessoa que pensa pertencendo ao Cristo, olhando a sociedade contemporânea, as questões de hoje.
Por exemplo, a questão de como falar às pessoas, como dizer uma palavra que toque o coração. A questão sobre o desafio da missão, tal como ela é questionada será uma análise intelectual, missionária, sociológica, do mundo contemporâneo, porém secundária.
Um dia, um aluno de uma escola de engenharia da cidade de Lyon me questionou: "Como posso fazer para evangelizar na minha escola, onde há judeus e mulçumanos? Eu não posso chegar colocar a pessoa em um canto e dizer você precisa tornar-se cristão". Eu respondi: "a melhor forma de ser missionário, é deixar que o Missionário com "M" maiúsculo - o único Missionário - realizar toda a missão d'Ele em você.
No dia em que o Cristo tomar posse de toda a tua pessoa, segundo essa frase da segunda epístola aos Coríntios, que nós temos dentro de uma oração Eucarística; nossa vida não pertencerá a nós mesmos, mas àquele que é morto e ressuscitado por nós. Quando Ele cumprir toda a sua missão, no fundo do teu coração, de tua inteligência, tudo e tudo, você pode, então, ficar tranqüilo, pois as palavras serão adaptadas, sua presença será justa e as pessoas serão tocadas pelo teu testemunho.
Para mim, o primeiro desafio não é se fechar sobre uma política astuciosa, um plano original ou um novo método todo adaptado às novidades da sociedade contemporânea. Mas, antes de tudo isso, o importante é pertencer inteiramente ao Cristo - aí eu ficarei tranqüilo, pois Ele nos adaptará. Ele sabe quem somos, para que nos fez e qual é o dom de cada um de nós.
E mais: em minha opinião, Ele conhece e analisa a sociedade contemporânea melhor que nós. Isso para mim é o primeiro desafio: ouvir cada uma das suas palavras e compreendê-las.
Vou dar um outro exemplo. Quando Jesus diz "vocês vão receber uma força e serão minhas testemunhas aqui em Jerusalém e até as extremidades da terra", se eles fossem fracos e dissessem: "eu não irei, pois minha avó é velha, e tenho uma casa de férias perto de Jerusalém..." - coisas como essas; nós não seríamos evangelizados".
Portanto, eles compreenderam que essa palavra do Cristo os tirava da sua pátria, da sua família, de sua casa. Eles partiram em condições de viagem mais difíceis que hoje. Foram a Chipre, Grécia, Itália e desembarcaram na cidade de Marseille; subiram até Lyon, aqui na França e vieram com a sua cultura para dar unicamente uma coisa o Evangelho.
Agora, eu digo: se eu sou cristão é porque eles escutaram essa palavra do Cristo e a colocaram em prática. Eles sabiam que suas vidas pertenciam ao Cristo, por isso partiram. Não conheciam os habitantes dessa terra, nem conheciam o império romano, a mentalidade da época, quais eram os desafios culturais e contemporâneos da evangelização.
Eles sabiam de uma única coisa: que eles pertenciam ao Cristo e que, quando Cristo os enviava em missão, era preciso partir e anunciar o Evangelho. E eles partiram... Graças a eles, hoje eu sou cristão.
E como eu quero que as pessoas em 2005 sejam bem cristãs, eu não tenho outra solução do que fazer igual: partir hoje na rua, nas periferias, aos jovens, aos velhos, etc dizendo até que ponto eles são amados, até que ponto o amor de Deus chega até eles.
Hoje, em suas vidas, e no nosso mundo, no fundo, esse é o grande desafio da missão: fazer com que as pessoas compreendam que são amadas e até que ponto elas são amadas. Isso é o reconforto mais sólido e profundo.
Cardeal Philippe Barbarin
Fonte: Portal Canção Nova

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

II ANO DA FÉ! INAUGURAÇÃO 2012

Homilia do Papa Bento XVI na abertura do Ano da Fé - 11/10/2012


Boletim da Santa Sé




HOMILIA
Santa Missa de abertura do Ano da Fé
Praça São Pedro - Vaticano
Quinta-feira, 11 de outubro de 2012


Venerados Irmãos,
Queridos irmãos e irmãs!

Hoje, com grande alegria, 50 anos depois da abertura do Concílio Vaticano II, damos início ao Ano da fé. Tenho o prazer de saudar a todos vós, especialmente Sua Santidade Bartolomeu I, Patriarca de Constantinopla, e Sua Graça Rowan Williams, Arcebispo de Cantuária. Saúdo também, de modo especial, os Patriarcas e Arcebispos Maiores das Igrejas Orientais católicas, e os Presidentes das Conferências Episcopais. Para fazer memória do Concílio, que alguns dos aqui presentes – a quem saúdo com afeto especial - tivemos a graça de viver em primeira pessoa, esta celebração foi enriquecida com alguns sinais específicos: a procissão inicial, que quis recordar a memorável procissão dos Padres conciliares, quando entraram solenemente nesta Basílica; a entronização do Evangeliário, cópia daquele que foi utilizado durante o Concílio; e a entrega das sete mensagens finais do Concílio e do Catecismo da Igreja Católica, que realizarei no termo desta celebração, antes da Bênção Final. Estes sinais não nos fazem apenas recordar, mas também nos oferecem a possibilidade de ir além da comemoração. Eles nos convidam a entrar mais profundamente no movimento espiritual que caracterizou o Vaticano II, para que se possa assumi-lo e levá-lo adiante no seu verdadeiro sentido. E este sentido foi e ainda é a fé em Cristo, a fé apostólica, animada pelo impulso interior que leva a comunicar Cristo a cada homem e a todos os homens, no peregrinar da Igreja nos caminhos da história.


O Ano da fé que estamos inaugurando hoje está ligado coerentemente com todo o caminho da Igreja ao longo dos últimos 50 anos: desde o Concílio, passando pelo Magistério do Servo de Deus Paulo VI, que proclamou um "Ano da Fé", em 1967, até chegar ao o Grande Jubileu do ano 2000, com o qual o Bem-Aventurado João Paulo II propôs novamente a toda a humanidade Jesus Cristo como único Salvador, ontem, hoje e sempre. Entre estes dois Pontífices, Paulo VI e João Paulo II, houve uma profunda e total convergência na visão de Cristo como o centro do cosmos e da história, e no ardente desejo apostólico de anunciá-lo ao mundo. Jesus é o centro da fé cristã. O cristão crê em Deus através de Jesus Cristo, que nos revelou a face de Deus. Ele é o cumprimento das Escrituras e seu intérprete definitivo. Jesus Cristo não é apenas o objeto de fé, mas, como diz a Carta aos Hebreus, é aquele “que em nós começa e completa a obra da fé” (Hb 12,2).

O Evangelho de hoje nos fala que Jesus Cristo, consagrado pelo Pai no Espírito Santo, é o verdadeiro e perene sujeito da evangelização. “O Espírito do Senhor está sobre mim, / porque ele me consagrou com a unção / para anunciar a Boa-Nova aos pobres” (Lc 4,18). Esta missão de Cristo, este movimento, continua no espaço e no tempo, ao longo dos séculos e continentes. É um movimento que parte do Pai e, com a força do Espírito, impele a levar a Boa-Nova aos pobres, tanto no sentido material como espiritual. A Igreja é o instrumento primordial e necessário desta obra de Cristo, uma vez que está unida a Ele como o corpo à cabeça. “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21). Estas foram as palavras do Senhor Ressuscitado aos seus discípulos, que soprando sobre eles disse: “Recebei o Espírito Santo” (v. 22). O sujeito principal da evangelização do mundo é Deus, através de Jesus Cristo; mas o próprio Cristo quis transmitir à Igreja a missão, e o fez e continua a fazê-lo até o fim dos tempos infundindo o Espírito Santo nos discípulos, o mesmo Espírito que repousou sobre Ele, e n’Ele permaneceu durante toda a sua vida terrena, dando-lhe a força de “proclamar a libertação aos cativos / e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19).

O Concílio Vaticano II não quis colocar a fé como tema de um documento específico. E, no entanto, o Concílio esteve inteiramente animado pela consciência e pelo desejo de ter que, por assim dizer, imergir mais uma vez no mistério cristão, para poder propô-lo novamente e eficazmente para o homem contemporâneo. Neste sentido, o Servo de Deus Paulo VI, dois anos depois da conclusão do Concílio, se expressava usando estas palavras: “Se o Concílio não trata expressamente da fé, fala da fé a cada página, reconhece o seu caráter vital e sobrenatural, pressupõe-na íntegra e forte, e estrutura as suas doutrinas tendo a fé por alicerce. Bastaria recordar [algumas] afirmações do Concílio (...) para dar-se conta da importância fundamental que o Concílio, em consonância com a tradição doutrinal da Igreja, atribui à fé, a verdadeira fé, que tem a Cristo por fonte e o Magistério da Igreja como canal” (Catequese na Audiência Geral de 8 de março de 1967).

Agora, porém, temos de voltar para aquele que convocou o Concílio Vaticano II e que o inaugurou: o Bem-Aventurado João XXIII. No Discurso de Abertura, ele apresentou a finalidade principal do Concílio usando estas palavras: “O que mais importa ao Concílio Ecumênico é o seguinte: que o depósito sagrado da doutrina cristã seja guardado e ensinado de forma mais eficaz. (...) Por isso, o objetivo principal deste Concílio não é a discussão sobre este ou aquele tema doutrinal... Para isso, não havia necessidade de um Concílio... É necessário que esta doutrina certa e imutável, que deve ser fielmente respeitada, seja aprofundada e apresentada de forma a responder às exigências do nosso tempo” (AAS 54 [1962], 790791-792).

À luz destas palavras, entende-se aquilo que eu mesmo pude então experimentar: durante o Concílio havia uma tensão emocionante, em relação à tarefa comum de fazer resplandecer a verdade e a beleza da fé no hoje do nosso tempo, sem sacrificá-la frente às exigências do presente, nem mantê-la presa ao passado: na fé ecoa o eterno presente de Deus, que transcende o tempo, mas que só pode ser acolhida no nosso hoje, que não torna a repetir-se. Por isso, julgo que a coisa mais importante, especialmente numa ocasião tão significativa como a presente, seja reavivar em toda a Igreja aquela tensão positiva, aquele desejo ardente de anunciar novamente Cristo ao homem contemporâneo. Mas para que este impulso interior à nova evangelização não seja só um ideal e não peque de confusão, é necessário que ele se apóie sobre uma base concreta e precisa, e esta base são os documentos do Concílio Vaticano II, nos quais este impulso encontrou a sua expressão. É por isso que repetidamente tenho insistido na necessidade de retornar, por assim dizer, à “letra” do Concílio - ou seja, aos seus textos - para também encontrar o seu verdadeiro espírito; e tenho repetido que neles se encontra a verdadeira herança do Concílio Vaticano II. A referência aos documentos protege dos extremos tanto de nostalgias anacrônicas como de avanços excessivos, permitindo captar a novidade na continuidade. O Concílio não excogitou nada de novo em matéria de fé, nem quis substituir aquilo que existia antes. Pelo contrário, preocupou-se em fazer com que a mesma fé continue a ser vivida no presente, continue a ser uma fé viva em um mundo em mudança.

Se nos colocarmos em sintonia com a orientação autêntica que o Bem-Aventurado João XXIII queria dar ao Vaticano II, poderemos atualizá-la ao longo deste Ano da Fé, no único caminho da Igreja que quer aprofundar continuamente a “bagagem” da fé que Cristo lhe confiou. Os Padres conciliares queriam voltar a apresentar a fé de uma forma eficaz, e se quiseram abrir-se com confiança ao diálogo com o mundo moderno foi justamente porque eles estavam seguros da sua fé, da rocha firme em que se apoiavam. Contudo, nos anos seguintes, muitos acolheram acriticamente a mentalidade dominante, questionando os próprios fundamentos do depositum fidei a qual infelizmente já não consideravam como própria diante daquilo que tinham por verdade.

Se a Igreja hoje propõe um novo Ano da Fé e a nova evangelização, não é para prestar honras a uma efeméride, mas porque é necessário, ainda mais do que há 50 anos! E a resposta que se deve dar a esta necessidade é a mesma desejada pelos Papas e Padres conciliares e que está contida nos seus documentos. Até mesmo a iniciativa de criar um Concílio Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização – ao qual agradeço o empenho especial para o Ano da Fé – enquadra-se nessa perspectiva. Nos últimos decênios tem-se visto o avanço de uma "desertificação" espiritual. Qual fosse o valor de uma vida, de um mundo sem Deus, no tempo do Concílio já se podia perceber a partir de algumas páginas trágicas da história, mas agora, infelizmente, o vemos ao nosso redor todos os dias. É o vazio que se espalhou. No entanto, é precisamente a partir da experiência deste deserto, deste vazio, que podemos redescobrir a alegria de crer, a sua importância vital para nós homens e mulheres. No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim sendo, no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus, do sentido último da vida, ainda que muitas vezes expressos implícita ou negativamente. E no deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança. A fé vivida abre o coração à Graça de Deus que liberta do pessimismo. Hoje, mais do que nunca, evangelizar significa testemunhar uma vida nova, transformada por Deus, indicando assim o caminho. A primeira Leitura falava da sabedoria do viajante (cf. Eclo 34,9-13): a viagem é uma metáfora da vida, e o viajante sábio é aquele que aprendeu a arte de viver e pode compartilhá-la com os irmãos - como acontece com os peregrinos no Caminho de Santiago, ou em outros caminhos de peregrinação que, não por acaso, estão novamente em voga nestes últimos anos. Por que tantas pessoas hoje sentem a necessidade de fazer esses caminhos? Não seria porque neles encontraram, ou pelo menos intuíram o significado do nosso estar no mundo? Eis aqui o modo como podemos representar este ano da Fé: uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas - como o Senhor exorta aos Apóstolos ao enviá-los em missão (cf. Lc 9,3), mas sim o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como é o Catecismo da Igreja Católica, publicado há 20 anos.
Venerados e queridos irmãos, no dia 11 de outubro de 1962, celebrava-se a festa de Santa Maria, Mãe de Deus. A Ela lhe confiamos o Ano da Fé, tal como fiz há uma semana, quando fui, em peregrinação, a Loreto. Que a Virgem Maria brilhe sempre qual estrela no caminho da nova evangelização. Que Ela nos ajude a pôr em prática a exortação do Apóstolo Paulo: “A palavra de Cristo, em toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros, com toda a sabedoria... Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus. Por meio dele dai graças a Deus Pai” (Col 3,16-17). Amém.



Fonte: Notícias Canção Nova

Curiosidades: Vc sabia que esse  é o segundo, foi primeiro: em 1967 pelo Papa Paulo VI.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Deus existe??!!!

Diariamente nos deparamos com pessoas que nos fazem essa pergunta: "Deus existe?", isso me dói coração escutar e ver pessoas que não creem em Deus, que não tem fé no coração e nem esperança na vida. Beato João Paulo II dizia que: "Não devemos primeiro discutir a existência de Deus, e sim a solidão daqueles que não o tem.". É comum vermos pessoas que não creem em Deus, são pessoas vazias, tristes, sem sentido de vida e de existência. Dá para ver nos olhos de muitas mulheres, homens e jovens a angústia profunda que há em cada um deles. Ah, Senhor... se os homens te amassem....! Ajude-nos a levar essas pessoas a terem um encontro íntimo e profundo com o Senhor, para que elas tenham pleno sentindo na vida e na própria existência. Dai-nos a graça de sermos portadores de tua palavra, mensageiros e propagadores de tua paz. Leve-nos além Senhor, leve-nos à terras que anseiam por Ti.... Aprendi que todo batizado já um #Missionário por Excelência, e por isso vos pedimos e imploramos: leve-nos além, e ajude-nos em nossa missão.


É comum também vermos pessoas afirmam a não Existência de Deus, pois existem tantas misérias, tristezas e desamor no mundo, logo para eles Deus não existe.
Abaixo um vídeo que eu o acho fantástico! Assitam e tirem suas próprias conclusões a  cerca da Existencia de Deus, embora hajam tantas coisas que tentem provar o contrário. Que nós possamos ser testemunhas de Cristo Ressuscitado, do Deus que é amor, que possamos cada vez mais anunciar ao Mundo, Cristo que é o Rei e Senhor de nossas Vidas!

 

Acesse: www.palavraviva.com
E conheça a Escola de Evangelização!
Sim! Sou Feliz: Sou Palavra Viva!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Hino Oficial JMJ Rio2013



jmj
O Comitê Organizador Local – COL –  da Jornada Mundial da Juventude Rio2013 divulgou na noite desta sexta-feira,14, o Hino oficial do evento durante a festa a Aventura da Cruz que aconteceu  na Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O encontro  contou com a presença de alguns dos  intérpretes do hino  como Adriana Arydes, Walmir Alencar  e Eliana Ribeiro. O Núncio Apostólico do Brasil Dom Giovanni d’Aniello presidiu a Celebração Eucarística. O arcebispo representa o papa Bento XVI no Brasil.


“Cantem esse hino, saibam que é o Cristo que chama para estar com Ele e nos envia como missionários. Este é o nosso trabalho como evangelizadores, aqueles que transmitem a Boa Notícia a todos. É aquilo que o papa nos pediu no lema da nossa Jornada: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações”, disse o arcebispo do Rio de Janeiro Dom Orani Tempesta aos jovens.



Letra do Hino Oficial JMJ Rio2013
Sou marcado desde sempre
com o sinal do Redentor,
que sobre o monte, o Corcovado,
abraça o mundo com Seu amor.
(Refrão)
Cristo nos convida:
“Venham, meus amigos!”
Cristo nos envia:
“Sejam missionários!”
Juventude, primavera:
esperança do amanhecer;
quem escuta este chamado
acolhe o dom de crer!
Quem nos dera fosse a terra,
fosse o mundo todo assim!
Não à guerra, fora o ódio,
Só o bem e paz a não ter fim.
Do nascente ao poente,
nossa casa não tem porta,
nossa terra não tem cerca,
nem limites o nosso amor!
Espalhados pelo mundo,
conservamos o mesmo ardor.
É Tua graça que nos sustenta
nos mantém fiéis a Ti, Senhor!
Atendendo ao Teu chamado:
“Vão e façam, entre as nações,
um povo novo, em unidade,
para mim seus corações!”
Anunciar Teu Evangelho
a toda gente é transformar
o velho homem em novo homem
em mundo novo que vai chegar.


O Dom da Oração - Presente de Deus

O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus e, como tal, foi criado para viver a intimidade com Deus, para relacionar-se “pessoalmente” com Deus, para conhecê-lo profundamente, para ser seu amigo (Gn 3,8). Pelo pecado original, que é um não dito à amizade e à submissão a Deus, o homem rompeu com o seu Criador, optando por não viver a comunhão com Ele, por não depender d’Ele, por não tê-lo como o sentido verdadeiro de sua vida. Fechou-se em si mesmo e a seu divino amigo, tornou-se seu inimigo, afastando-se do plano de Deus para a sua vida. Os seus pensamentos já não eram mais os pensamentos de Deus, os seus sentimentos, os seus desejos, deformando assim a imagem e semelhança de Deus e consequentemente perdendo a intimidade com Ele.

Quanto mais você se afasta da presença e da amizade de Deus, mais você se afasta da retidão e da sua vida verdadeira. É a mesma coisa que fosse retirado o ar que você tanto precisa para viver. Nós podemos verificar isso concretamente em nossas vidas: quando nos afastamos de Deus é como se perdêssemos a bússola para nos conduzir estando em alto mar. Quantas vezes erramos, nos sentimos derrotados em nossas opções de vida porque ficamos inteiramente cegos, surdos e conseqüentemente confundidos! A luz que iluminava nossos caminhos se tornou cada vez mais fraca, cada vez mais opaca. Já não sabemos mais quem somos nós e nem qual o nosso projeto de vida. Deus se encontra em um lugar e nos ficamos em outro completamente diferente. É como se não enxergássemos um palmo na frente do nosso nariz. E ficamos convictos de que o que optamos está muito certo, é a melhor coisa para as nossas vidas.

O próprio São Paulo estava convicto que a melhor coisa para a vida dele e de toda a humanidade era o judaísmo. No entanto ele precisou “cair do cavalo” para descobrir que as suas convicções não eram tão certas assim. E ele mesmo diz: “Certamente ouvistes falar de como outrora eu vivia no judaísmo: com que excesso eu perseguia a Igreja de Deus e a assolava; avantajava-me no judaísmo a muitos dos meus companheiros de idade e nação, extremamente zeloso das tradições de meus pais... Mas, quando aprouve àquele que me reservou desde o seio de minha mãe e me chamou pela sua graça para revelar seu Filho em minha pessoa, a fim de que eu o tornasse conhecido entre os gentios, imediatamente, sem consultar a ninguém, sem ir a Jerusalém para ver os que eram apóstolos antes de mim, parti para a Arábia... Damasco... Jerusalém... regiões da Síria e da Cilícia. Eu era ainda pessoalmente desconhecido das comunidades cristãs da Judéia; tinham elas apenas ouvido dizer: ‘Aquele que antes nos perseguia, agora prega a fé que outrora combatia’. E glorificavam a Deus por minha causa” (Gal 1,13-23).


Nós não tínhamos mais como, por nós mesmos, voltar a esta amizade com Deus, para que Ele nos conduzisse, nos alimentasse e nos levasse a viver a vida que nós tínhamos sido criados para viver, que era a vida divina, que era ser a imagem e semelhança de Deus. Porém, através da vinda de Jesus ao mundo, toda inimizade entre o homem e Deus foi destruída (Ef 2,12-18) e por Ele a imagem e semelhança de Deus no homem foi restaurada. Os pensamentos, os sentimentos, os desejos de Deus foram colocados novamente no mais íntimo do seu ser (Ez, 36,27) e agora o homem pode viver a vida de amor com o Deus para o qual foi criado, pode ser íntimo de Deus, pode ter vida interior e divina, pode participar da vida divina.

Foi desterrada toda apatia do seu coração, foi destruída toda indiferença que paralisa a ação divina e afasta as suas graças e feito arder o zelo pela glória de Deus. Pela morte e ressurreição de Jesus, o muro de separação foi destruído e aconteceu a efusão do Espírito Santo no coração de cada homem. Afirma São João que “de sua plenitude todos recebemos graça sobre graça” (Jo 1,16). “Assim como a chuva, em sua estação, desce abundantemente do céu e se acumula entre as cavidades rochosas da montanha até encontrar um caminho para o exterior e poder transformar-se em fonte que jorra dia e noite, no verão e no inverno, assim também o Espírito desceu e se acumulou completamente em Jesus durante a sua vida terrena até encontrar na cruz um caminho, uma ferida e transformar-se para a Igreja em fonte que brota para a vida eterna” (1).

Pelo Espírito Santo que habita no interior do homem através da graça do batismo, o seu coração está habitado por um germe de oração. A oração é fruto de uma graça que é gerada por Deus no homem, por isto o homem não pode criá-la mas seguir seus impulsos e suas inspirações. O homem foi criado para orar, e se, pelo pecado, havia se desviado desta vocação, o Pai, através de seu Filho, pelo poder do Espírito Santo, pelo batismo restituiu-lhe a graça de orar.


O homem é o único ser criado que tem a capacidade de superar as suas limitações, como também o único capaz de auto-transparência, de transcendência e de liberdade, isto é, é o único ser criado aberto, capaz de um encontro pessoal com Deus, de um diálogo com seu Criador.

Diz o Concílio: “Por sua interioridade é superior ao universo inteiro. A essas profundidades (de si mesmo) retorna quando entra em seu coração, onde o aguarda Deus, perscrutador dos corações, e onde ele, pessoalmente, sob o olhar de Deus, decide seu próprio destino” (GS 14). O homem precisa voltar-se para dentro de si mesmo, para o centro do seu ser e descobrir o seu coração de oração. É um movimento de regresso ao centro de si mesmo para encontrar nele Deus presente e operante.

Através da oração, isto é, deste encontro do homem com o seu Deus, deste relacionamento de intimidade com Deus, deste diálogo penetrante e transformador, a imagem de Deus nele vai resplandecendo passo a passo e o homem vai adquirindo a sua verdadeira imagem, a sua verdadeira dignidade O homem vai tornando-se verdadeiramente humano e Deus vai lhe restituindo o sentido real de sua vida e assim vai sendo conduzido para alcançar o seu destino último: a vida eterna com Deus, a vida eterna de felicidade e de realização.


A Oração é para todos

A oração é para todos os homens, mas não é para qualquer um, porque é uma aventura em direção a Deus e esta aventura exige que o homem deixe as suas seguranças, suas opiniões, seus conceitos, seus desejos, sua mentalidade, sua vontade para que possa ser encharcado com o que é de Deus. A oração é uma decisão do homem de levar uma vida fora da mediocridade, por isto ela é para os que amam muito a Deus. “O chamado à oração não é privilégio de ninguém, mas uma necessidade dos que se abrem à graça, à luz do Espírito Santo que, inundando nosso ser, nos faz compreender como devemos assumir uma atitude de discípulo para escutar a voz do Mestre que nos chama ao silêncio do deserto, da noite e da montanha para estarmos a sós com Ele” (2).

Que você possa compreender e levar as pessoas do seu grupo de oração a compreender a riqueza deste “amigo”, o valor desta amizade tão cara com Jesus, seguindo o exemplo de Santa Teresinha “que não se sentia feita para o tempo, mas para a eternidade. Ainda que todas as promessas da terra se transformassem em realidade concreta não a teriam podido satisfazer. Suas ânsias de felicidade eram maiores que todas as coisas colocadas juntas; eram imensas, infinitas. Eis porque a solidão era para ela cheia de solicitações e os acontecimentos, também os menores e, na aparência, os mais insignificantes e banais, conduziam-na, instintivamente, para o íntimo santuário da alma a fim de facilitar a escuta de vozes mais elevadas, mais transparentes, mais dignas de atenção.


Então, as realidades temporais, como que obedecendo aos acenos irresistíveis e misteriosos, desapareciam e todos os sentidos, internos e externos, recolhiam-se silenciosos e, atentos e dóceis, escutavam sons invisíveis, recebiam revelações cheias de felicidade e cálidas de amor. Como eram pálidas e escorregadias as coisas, todas as coisas, diante das realidades sobrenaturais! E como era de compadecer as imoderadas, as contínuas, as excessivas preocupações com tudo aquilo que, fazendo parte do tempo, era naturalmente inconsistente!” (3).

É importante compreender que nós não podemos ter vida verdadeira sem esta amizade e submissão a Deus, pois somente através dela seremos cada vez mais nós mesmos, o que tantas vezes o homem de hoje busca encontrar para assumir. Para isto é necessário este tempo de solidão com Deus para desfrutarmos de sua presença transformadora, escutarmos as suas inspirações e recebermos a força para assumirmos no mundo o que verdadeiramente nós somos e concretizarmos o plano de vida elevada que Deus escolheu para nós em sua misericórdia.

Não confiemos em nossas inspirações humanas, deixemo-nos conduzir inteiramente pelas de Deus para não termos o amargo dissabor trazido pelas motivações, desejos, escolhas, aspirações que não se submetem à sua vontade. Fazer a nossa vontade é nos arriscar a comer um alimento estragado que pode nos levar à morte.


Fonte: http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=5426



"Os cristãos são chamados a serem testemunhas de oração, exatamente porque o nosso mundo está muitas vezes fechado ao horizonte divino e à esperança que leva ao encontro com Deus. Na amizade profunda com Jesus e vivendo n'Ele e com Ele a relação filial com o Pai, através da nossa oração fiel e constante, possamos abrir janelas ao Céu de Deus". 



sexta-feira, 14 de setembro de 2012

14 de Setembro: Exaltação da Santa Cruz


A Festa da Exaltação da Santa Cruz, que celebramos hoje, 14 de setembro, é a Festa da Exaltação do Cristo vencedor. Para nós cristãos, a cruz é o maior símbolo de nossa fé, cujos traços nós nos persignamos desde o início do dia, quando levantamos, até o fim da noite ao deitarmos. Quando somos apresentados à comunidade cristã, na cerimônia batismal, o primeiro sinal de acolhida é o sinal da cruz traçado em nossa fronte pelo padre, pais e padrinhos, sinalando-nos para sempre com Cristo.

A Cruz recorda o Cristo crucificado, o seu sacrifício, o seu martírio que nos trouxe a salvação. Assim sendo, a Igreja há muito tempo passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive como símbolo da árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, quando a serpente do paraíso trouxe a morte, a infelicidade a este mundo, incitando os pais a provarem o fruto da árvore proibida. (Gn 3,17-19)


No deserto, a serpente também provocou a morte dos filhos de Israel, que reclamavam contra Deus e contra Moisés (Nm 21,4-6). Arrependendo-se do seu pecado, o povo pediu a Moisés que intercedesse junto ao Senhor para livrá-los das serpentes. Assim, o Senhor, com sua bondade infinita, ordenou a Moisés que erguesse no centro do acampamento um poste de madeira com uma serpente de bronze pendurada no alto, dizendo que todo aquele que dirigisse seu olhar para a serpente de bronze se curaria. (Nm 21,8-9)

Esses símbolos do passado, muito conhecidos pelo povo (serpente, árvore, pecado, morte), nos dizem que na Festa da Exaltação da Santa Cruz, no lugar da serpente de bronze pendurado no alto de um poste de madeira, encontramos o próprio Jesus levantado no lenho da Cruz. Se o pecado e a morte tiveram sua entrada neste mundo através do demônio (serpente do paraíso) e do deserto, a bênção, a salvação e a vida eterna vêm do Cristo levantado no alto da Cruz, de onde Ele atrai para si os olhares de toda a humanidade. Assim, a Igreja canta na Liturgia Eucarística de Festa: “Santa Cruz adorável, de onde a vida brotou, nós, por Ti redimidos, te cantamos louvor!” 




A Cruz não é uma divindade, um ídolo feito de madeira, barro ou bronze, mas sim, santa e sagrada, onde pendeu o Salvador do mundo. Traçando o sinal da cruz em nossa fronte, a todo o momento nós louvamos e bendizemos a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, agradecendo o tão grande bem e amor que, pela CRUZ, o Senhor continua a derramar sobre nós.


"Nós, porém, pregamos um Messias crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos " (I Cor 1,23) 

Fonte: www.catequisar.com.br

Santa Cruz, sede a nossa salvação!

Acesse: www.palavraviva.com



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Carisma Comunidade Católica Palavra Viva



Acolhemos " Com gratidão e obediência os carismas que o Espírito não cessa de nos dar! "(...), Não esquecendo que" cada carisma é dado para o bem comum, ou seja, para o benefício de toda a Igreja!" E com o desejo de alcançar aqueles que não conhecem Jesus a Comunidade Palavra Viva tem como missão anunciar Jesus ao mundo. Para fazer isso, atuamos por meio de Encontros querigmáticos, semanas missionárias, retiros, encontros de formação, serviços de evangelismo através de um boletim informativo, site, redes sociais, evangelização através da música, da liturgia, e formação pela Escola de evangelização Palavra Viva.
Uma nova fundação, um novo carisma para pregar as boas novas do evangelho - sempre fresca e atual. Apesar de nossa simplicidade, em nossa pequenez e em nossas limitações, nós devemos testemunhar o amor com a experiência que vivemos pode ser vivido e experimentado por todos os vários lugares os quias o Senhor mesmo nos envia.

Santo do dia: São João Crisóstomo.


São João Crisóstomo


João Crisóstomo foi um grande orador do seu tempo. Todos os escritos dizem que multidões se juntavam ao redor do púlpito onde estivesse discursando. Tinha o dom da oratória e muita cultura, uma soma muito valiosa para a pregação do cristianismo. 
oão nasceu no ano 309, em Antioquia, na Síria, Ásia Menor, procedente de família muito rica considerada pela sociedade e pelo Estado. Seu pai era comandante de tropas imperiais no Oriente, um cargo que cedo causou sua morte. Mas a sua mãe, Antusa, piedosa e caridosa, agora santa, providenciou para o filho ser educado pelos maiores mestres do seu tempo, tanto científicos quanto religiosos, não prejudicando sua formação.
O menino, desde pequeno, já demonstrava a vocação religiosa, grande inteligência e dons especias. Só não se tornou eremita no deserto por insistência da mãe. Mas, depois que ela morreu, já conhecido pela sabedoria, prudência e pela oratória eloqüente, foi viver na companhia de um monge no deserto durante quatro anos. Passou mais dois retirado numa gruta sozinho, estudando as Sagradas Escrituras e, então, considerou-se pronto. Voltou para Antioquia e ordenou-se sacerdote. 
Sua cidade vivia a efervescência de uma revolta contra o imperador Teodósio I. O povo quebrava estátuas do imperador e de membros de sua família. Teodósio, em troca, agia ferozmente contra tudo e contra todos. Membros do senado estavam presos, famílias inteiras tinham fugido e o povo só encontrava consolo nos discursos e pregações de João, chamado por eles de Crisóstomo, isto é,: "boca de ouro". Tanto que foi o incumbido de dar à população a notícia do perdão imperial. 
Alguns anos se passaram, a fama do santo só crescia e, quando morreu o bispo de Constantinopla, João foi eleito para sucedê-lo. Constantinopla era a grande capital do Império Romano, que havia transferido o centro da economia e cultura do mundo de então para a Ásia Menor. Entretanto para João era apenas um local onde o clero estava mais preocupado com os poderes e luxos terrenos do que os espirituais. Lá reinavam a ambição, a avareza, a política e a corrupção moral. Como bispo, abandonou, então, os discursos e dispôs-se a enfrentar a luta e, como conseqüência, a perseguição. 

Arrumou inimigos tanto entre o clero quanto na Corte. Todos, liderados pela imperatriz Eudóxia, conseguiram tirar João Crisóstomo do cargo, que foi condenado ao exílio. Mas essa expulsão da cidade provocou revolta tão intensa na população que o bispo foi trazido de volta para reassumir seu cargo. Entretanto, dois meses depois, foi exilado pela segunda vez. Agora, já com a saúde muito debilitada, ele não resistiu e morreu. Era 14 de setembro de 407. 

Sua honra só foi limpa quando morreu a família imperial e voltou a paz entre o clero na Igreja. O papa ordenou o restabelecimento de sua memória. O corpo de João Crisóstomo foi trazido de volta a Constantinopla em 438, num longo cortejo em procissão solene. Mais tarde, suas relíquias foram trasladadas para Roma, onde repousam no Vaticano. Dos seus numerosos escritos destacasse o pequeno livro "Sobre o sacerdócio", um clássico da espiritualidade monástica. São João Crisóstomo é venerado um dia antes da data de sua morte, em 13 de setembro, com o título de doutor da Igreja, sendo considerado um modelo para os oradores clérigos.


São João Crisóstomo, Rogai por nós!

Fonte: Paulinas Online




São Padre Pio de Pietrelcina


Este digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco Forgione. 

Ainda criança era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus, os quais via constantemente devido à grande familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu Anjo da Guarda, a quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho. 

Conta a história que ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu Anjo da Guarda estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário.

Com quinze anos de idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Morcone, adotando o nome de "Frei Pio" e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910 na Arquidiocese de Benevento. 

Após a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte.

Abrasado pelo amor de Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo, em seu próprio corpo. 

Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava por meio desse sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das garras do demônio, conhecido por ele como "barba azul". 

Torturado, tentado e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da sua astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como "Casa Alívio do Sofrimento", que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação deste hospital se deu a 5 de maio de 1956.

Devido aos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos de oração, verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para serem instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale tenebroso de lágrimas e sofrimentos.

Na ocasião do aniversário de 50 anos dos grupos de oração, Padre Pio celebrou uma Missa nesta intenção. Essa Celebração Eucarística foi o caminho para o seu Calvário definitivo, na qual entregaria a alma e o corpo ao seu grande Amor: Nosso Senhor Jesus Cristo; e a última vez em que os seus filhos espirituais veriam a quem tanto amavam. 

Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu. 

Foi beatificado no dia 2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho de 2002 também pelo saudoso Pontífice.

Padre Pio dizia: "Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!"



São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova



terça-feira, 11 de setembro de 2012

O SINAL DA SANTA CRUZ

REFLEXÕES ESPIRITUAIS DE DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA, ARCEBISPO DE BELÉM DO PARÁ





BELÉM DO PARÁ, segunda-feira, 10 de setembro de 2012 - A Igreja oferece, através de sua liturgia, a melodia da palavra e da oração, para ritmar os passos da vida humana. Como na música, o tempo forte da dança da vida é dado pelo Domingo, o Dia do Senhor, no qual se fazem presentes de forma excepcional os grandes mistérios do Cristo, em sua Morte e Ressurreição. Os mistérios como a Encarnação do Verbo de Deus e seu nascimento em Belém, a vida em Nazaré, no maravilhoso recôndito da família, a pregação do Evangelho, o chamado dos discípulos, os milagres, a entrada na vida cotidiana das pessoas, a prática do seguimento de Jesus na experiência dos santos, tudo isso é apresentado durante o ano, para que as leis da oração e da fé iluminem os passos dos cristãos e contribuam para chamar outras pessoas à mais digna aventura humana, acolher Jesus Cristo, nele acreditar e fazer-se discípulo.
Neste final de semana, a delicadeza da Providência nos põe diante dos olhos a festa da Exaltação da Santa Cruz, a festa de Nossa Senhora das Dores e o diálogo de Jesus com seus discípulos, quando da profissão de fé feita por Simão Pedro (Mc 8,27-35). É tempo privilegiado para discípulos de ontem e de hoje se decidirem.
A Cruz, terrível instrumento de suplício, quando o Corpo Santo do Senhor a tocou, tornou-se sinal de salvação, causa de glória e honra para todos os seres humanos. Olhar na fé para o Senhor, que foi elevado da terra, é estrada de graça e de vida (Cf. Nm 21,4-9; Jo 3,13-17). O apóstolo São Paulo, que não conhece outra coisa senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado (Cf. I Cor 2,2), identificou-se tal modo com este mistério que pôde dizer: “Com Cristo, eu fui pregado na cruz. Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim. Minhavida atual na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2,19-20). Para ele, a escolha foi feita e caíram todos os laços com o passado: “Quanto a mim, que eu me glorie somente da cruz do nosso Senhor, Jesus Cristo. Por ele, o mundo está crucificado para mim, como eu estou crucificado para o mundo” (Gl 6,14). Por isso a Igreja canta com alegria e não esmagada pelo peso da Cruz: “Quanto a nós devemos gloriar-nos na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é nossa salvação, nossa vida, nossa esperança de ressurreição, e pelo qual fomos salvos e libertos”. Ao iniciar a Páscoa, na Quinta-feira Santa, proclama sua convicção, retomando a proclamação da glória da Cruz: “Esta é a noite da ceia pascal, a ceia em que nosso Cordeiro se imolou. Esta é a noite da ceia do amor.
A ceia em que Jesus por nós se entregou. Esta é a ceia da nova aliança.
A aliança confirmada no sangue do Senhor”. A Cruz de Jesus é estandarte de vida, a ser alçado em todos os lugares, como sinal da presença dos homens e mulheres de fé. A vida resplandece onde o Cristo morto e depois ressuscitado, “Victor quia victima - Vencedor porque vítima” (Santo Agostinho, em Confissões X, 43) se faz presente!

Aos pés da Cruz de Jesus, estava sua Mãe Maria, mulher altiva na sua fé (Cf. Jo 19,25-27), fiel até o fim, para dizer seu segundo sim, Desolada e depois Glorificada. Anos antes havia recebido o anúncio da espada de dor a transpassar seu coração, pela palavra de Simeão (Lc 2 34-35). A Igreja celebra a sua “festa”, pois vê em seu mistério profundo de dor e de entrega o chamado que se dirige a todos os homens e mulheres. Com ela são chamados a permanecer de pé, firmes, diante de todo o mistério do sofrimento existente na vida.
Os discípulos de Jesus, Pedro à frente, percorreram muitas e exigentes etapas em sua formação (Cf. Mc 8,27-35) para chegarem a vislumbrar o mistério de Cristo. Pareceu-lhes sempre difícil entender que havia uma lógica diferente, quando esperavam um messias vitorioso, capaz de destruir todas as forças inimigas do bem. E a trilogia deste final de semana se conclui com a provocação, oferecida pela Igreja, a que mais uma vez as pessoas de nosso tempo se decidam a percorrer uma estrada diferente. “A lógica de qualquer projeto humano de conquista do poder é: luta-vitória-domínio. A lógica de Jesus ao invés é: luta-derrota-domínio! Também Jesus lutou, e como lutou, contra o mal no mundo. Com efeito, o título de Jesus Cristo ressuscitado – “Senhor” – é um título de vitória e de domínio, de modo que até chega a criar uma incompatibilidade com o reconhecimento de outro senhor terreno; mas se trata de um domínio não baseado na vitória, mas na cruz” (Cf. Raniero Cantalamessa, “O Verbo se faz Carne”, no prelo, Editora Ave-Maria).
Concretizar esta escolha é apenas (!!!) decidir-se a sair de si, para amar e servir, buscando o que constrói o bem de todos, vencendo primeiro a si mesmo. Magnífica aventura! Vale a pena experimentar!
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém

A alegria é o sinal mais infalível da presença de Deus





Esta frase é de um dos maiores teólogos do séc. XX, o Pe. Pierre Teillard de Chardin. A alegria é o sinal mais infalível da presença de Deus.

Jesus disse assim aos seus amigos: Dei-vos a conhecer estas coisas PARA QUE a minha alegria esteja em vós e PARA QUE a vossa alegria seja plena! (Jo 15, 9-12 ) "Para que" indica finalidade, "para que" indica uma raz]ao de ser para o fato de Jesus nos ter dado a conhecer estas coisas. Uma das finalidade da Revelação é a vontade que Deus tem em partilhar conosco a Sua Alegria e em levar a nossa Alegria á plenitude.

E Jesus não diz estas coisas num momento de "relax" esticado numa das praias do lago da Galiléia... Este deseja da Alegria partilhada e plenificada está mesmo no centro da última conversa de Jesus com os seus antes da morte, já percebida no seu coração com tanta clareza o sofrimento... Este desejo de Alegria partilhada e plenificada está no centro daquela última conversa de mesa de Jesus com os seus amigos, faz parte das últimas palavras, que afetivamente se tornam para nós sempre as mais importantes, faz parte da herança que Jesus deixa, do testamento que ele faz àqueles e aquelas que o acompanhavam desde a Galiléia e estavam agora em Jerusalém com ele...

Acredito totalmente em Jesus quando ele diz que é razão de ser de tudo o que nos dá a conhecer partilhar connosco a sua Alegria e levar-nos à experiência da Alegria mais profunda e mais completa.

E também dou muito crédito a um Homem de Deus como o pe. Teilhard de Chardin... por isso, fio-me completamente da conclusão que ele, depois de uma vida toda para Jesus, tirou para nós: A Alegria é o sinal mais infalível da presença de Deus.
Na religião parece que se foi formando ao longo dos séculos um “complô” contra a Alegria. Basta ver como nós mudamos em ambiente religioso, como nos tornamos sombrios quando chega a hora de celebrar, como é desprovida de humor a nossa maneira de celebrar e como achamos que a leveza da postura e da linguagem retira seriedade às coisas sagradas... Este “complô” anti-alegria é profundamente contrário à Boa Notícia do Evangelho! Lembro-me do evangelho de Lucas, e da palavra Alegria tantas vezes repetida nas suas páginas... e lembro-me, claro, daquela carta de Paulo aos Efésios, escrita enquanto estava na prisão, amarrado com grilhetas a uma parede, convidando continuamente os seus amigos da comunidade que se alegrassem com ele: “Alegrai-vos comigo! Novamente vos digo, alegrai-vos!”

Esta Alegria não é superficial, não depende simplesmente das condições que se estão a viver mas da profundidade e esperança com que vivemos qualquer coisa, até às situações mais sofredores. Há uma Alegria que vem de dentro, que faz parte da arte de nos tornarmos pessoas da Esperança e da Liberdade! Ser da Esperança e ser da Liberdade gera em nós a nascente interior de uma Alegria capaz de confundir todas as lógicas e vencer todas as fatalidades. Quantas vezes a Alegria é uma desobediência...

Na despedida da sua primeira carta aos Tessalonicenses Paulo dá-lhes um triplo conselho: “Alegrai-vos sempre, orai sem cessar, em tudo dai graças!”

Alegrai-vos sempre não é o mesmo que “andai sempre alegres”, como se a Alegria fosse apenas um sentimento ou dependesse das circunstâncias. Alegrai-vos sempre aponta para uma decisão pessoal, uma opção pela Alegria, um trabalho interior em que se amassa a nossa Fé na Esperança e o nosso Amor à Liberdade.

Orai sem cessar, porque é da qualidade do interior que nascem todas as coisas verdadeiramente duradouras...

Em tudo dar graças significa alimentar a experiência de que na vida somos permanentemente agraciados, andamos imersos num mistério de graça e de bondade ao qual podemos corresponder com acções de graças, isto é, com a construção quotidiana de uma vida engraçada!

Porque a alegria é o sinal mais infalível da presença de Deus, livre-nos Deus nosso Senhor da proximidade de santos tristes, porque serão sempre tristes santos...


Rui Santiago cssr.